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O MONITORAMENTO DA VELOCIDADE NO TREINAMENTO DE FORÇA

O treinamento de resistência é uma modalidade reconhecida e frequentemente utilizada para maximizar o desempenho, potência e hipertrofia muscular. O monitoramento da váriavel velocidade como indicador de intensidade durante o exercício é importante, pois as exigências neuromusculares e as adaptações fisiológicas do treinamento, dependem, em grande parte, da velocidade com que as cargas são deslocadas, ou seja, quanto maior a velocidade alcançada contra uma determinada carga (absoluta), maior será a força aplicada durante a execução, aumentando as exigencias dos diversos sistemas do corpo humano.

Embora alguns estudos sugiram que a insuficiência muscular (falha) possa ser necessária para maximizar os ganhos de força e hipertrofia, evidências demonstram que atingir a falha na repetição durante um exercício resistido pode não necessariamente irá melhorar a magnitude dos ganhos de força, especialmente quando o treinamento não é destinado exclusivamente à hipertrofia muscular, e sim ao desenvolvimento de adaptações neuromusculares específicas para melhorar o desempenho atlético.

Assim, a velocidade de movimento é um ingrediente-chave do treinamento. Com esta abordagem, em vez de uma determinada quantidade de peso a ser levantada, o exercício é prescrito em termos de duas variáveis: 1) velocidade propulsora média (VPM) da primeira repetição, que está relacionada à intensidade de carga; e 2) uma perda percentual máxima de velocidade a ser permitida em cada conjunto. Quando o limite de perda percentual é excedido, o conjunto deve ser finalizado.

A redução da velocidade de execução e o estresse metabólico decorrente do desenvolvimento da fadiga neuromuscular diferem claramente ao manipular o número de repetições realmente realizadas em cada conjunto de treinamento. Altas correlações são encontradas entre as medidas de fadiga mecânica (perda de velocidade/desempenho) e metabólica (lactato, amônia) à medida em que as repetições aproximam-se do número máximo de repetições possíveis.

Portando, utilizar o monitoramento da velocidade, através de um acelerômetro, durante o treinamento de força, é uma modalidade precisa, que possibilita quantificar e controlar o grau de fadiga decorrente durante uma sessão ou um programa de treinamento. A redução da velocidade de execução está altamente associada ao desenvolvimento da fadiga neuromuscular e metabólica. O que acarreta na necessidade de períodos de recuperação mais longos, podendo chegar até 72h pós-treino. O treinamento de força muscular com protocolos que utilizam números de repetições reduzidas, cargas variáveis e com perda de velocidade controlada, quando comparado com protocolos de esforços máximos e até a falha muscular, está associado à adaptações que correspondem a maiores níveis de desempenho atlético e ganhos de força similares. Sua utilidade pode indicar o estado de prontidão do indivíduo para a sessão seguinte de treino, pois permite relativizar a carga de acordo com o estado de prontidão diária.

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