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Dor na Panturrilha?  Pode ser lesão.

Durante uma corrida senti uma fisgada seguida por dolorimento na panturrilha” ou “ senti uma dor tipo uma pressão que iniciou leve e foi aumentando, até eu não conseguir mais correr”.

Se você se identificou com esses relatos acima, este texto é para você mesmo!

O complexo da panturrilha é fundamental durante qualquer atividade locomotora que envolva suporte de peso e, portanto, impactam várias populações atléticas. Lesões musculares da panturrilha são comuns em esportes que envolvem corrida em alta velocidade e/ou altos volumes de corrida, aceleração e desaceleração, e sob condições fadigantes de jogos/competições ou treinos. As lesões do complexo da panturrilha ocorrem em todas as faixas etárias, habilidades atléticas e níveis competitivos.

Na população geral, o grupo de maior risco ocorre no sexo masculino mal condicionado fisicamente entre 40 e 60 anos, geralmente em atividade recreativa. Em um estudo com mais de 2.000 lesões relacionadas à corrida, as lesões na panturrilha foram distribuídas desproporcionalmente entre os sexos, com 70% das lesões ocorrendo em homens.

Aproximadamente 20% dos acometidos relatam algum tipo de sintoma (sensação de peso, fadiga atípica…) na panturrilha ANTES da lesão acontecer.

A identificação de fatores de risco (aptidão física, mobilidade articular, flexibilidade muscular, desequilíbrios musculares…) é importante para se criar um trabalho individual voltado para a correção desses fatores.

Para a maioria das lesões gastrocnêmias e poplíteas, há um evento agudo que ocorre após uma corrida ou salto. Assim, em corredores, a lesão surge com mais frequência durante treinos intervalados mais rápidos, corridas ou corridas de ritmo de alta velocidade.

Já a lesão do sóleo ocorre normalmente por fadiga ou overtraining, de modo que o corredor pode não se lembrar de um evento agudo, mas experimenta uma dor progressiva na panturrilha que acaba se tornando muito limitante para permitir uma corrida normal. Os maratonistas geralmente começam a sentir nas primeiras 24 horas APÓS o treinamento ou corrida.

A avaliação física funcional deve focar na aparência, no estado neurovascular das extremidades, na amplitude de movimento e na função das articulações do joelho e tornozelo. A gravidade da lesão determinará o tipo de achados no exame. Lesões leves por exemplo, provavelmente mostrarão sensibilidade à palpação, dor no teste de resistência muscular, mas sem inchaço, descoloração ou defeitos visíveis. Lesões mais graves mostram sensibilidade significativa para palpação, descoloração e inchaço, e às vezes um defeito visível.

O retorno ao esporte varia de algumas semanas a 3 a 4 meses após a maioria das lesões na panturrilha, dependendo da grau/extensão da lesão. O que implica no número de sessões necessárias, variando de 6 a 8 sessões para lesões mais leves até 30 a 40 sessões para lesões mais graves . A fase inicial do cuidado consiste em controlar a inflamação inicial para reduzir a formação ou agravamento de hematoma, melhorar fluxo sanguíneo, linfático e intersticial nas células para otimizar a recuperação. Em lesões mais graves, alguns dias de caminhada com muletas podem ser necessários. Dentre as intervenções de tratamento que podem facilitar o retorno à corrida está a utilização de meias de compressão. As que geram 20 a 30 mmHg  de pressão atingem o nível fisiológico suficiente para ajudar a reduzir o inchaço e promover a cicatrização.

Evidências científicas mais recentes demonstram que executar exercícios de resistência progressiva dos músculos da panturrilha otimizam efetivamente a reabilitação. Exercícios específicos para deixar esses músculos aptos para que se retorne em segurança para a prática de atividade física.

A progressão das fases da reabilitação ocorre quando se atinge as metas estabelecidas. A diminuição da dor aos testes e aos movimentos vai ser fator determinante e é o que nos permite evoluir com segurança. Nossa metodologia de reabilitação inclui diferentes tipos de exercícios iniciando pelos mais leves e fáceis, com bandas elásticas, alongamentos, caminhadas com resistência externa, até conseguir realizar movimentos mais complexos e com mais carga, como corridas e saltos. Separamos um pequeno exemplo de alguns exercícios abaixo para você visualizar melhor e entender como progredimos segundo nossa metodologia do mais leve/simples para o mais intenso/complexo e indolor.

 




Ser assertivo na escolha dos exercícios determina o sucesso da reabilitação.  E para isso, entender não só de lesão, mas também de pessoas, sabendo escutar, entender suas necessidades e objetivos, avaliar e intervir de forma individualizada irá otimizar todo este processo e tornará mínimo o risco de uma nova lesão.

Aqui na Physio Prime contamos com tecnologia de ponta e experientes especialistas em reabilitação de lesões musculares que podem conduzir sua reabilitação de forma segura e confiável até sua volta ao seu esporte preferido.

Green B, Pizzari T. Br J Sports Med 2017;51:1189–1194. doi:10.1136/bjsports-2016-097177

Fields, Karl B. MD; Rigby, Michael D. DO  Reports: 9/10 2016 – Volume 15 – Issue 5 – p 320-324 doi: 10.1249/JSR.0000000000000292

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